O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (10) o pedido da defesa do influenciador fitness Renato Cariani para suspender o andamento da ação penal que o acusa de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro na Justiça de São Paulo.
A defesa argumentava que, por a investigação ter sido conduzida pela Polícia Federal (PF), o caso deveria tramitar na Justiça Federal, e não na estadual. No entanto, Zanin ressaltou que a simples participação da PF não determina automaticamente a competência federal, esse entendimento que segue a jurisprudência do Supremo.
Com a decisão, o processo contra Cariani segue em curso na Justiça Estadual de São Paulo, que já havia aceitado a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
As acusações têm origem na Operação Hinsberg, deflagrada pela PF em dezembro de 2023, que investigou o envolvimento da empresa Anidrol Produtos para Laboratórios, da qual Cariani é sócio, em um esquema de fornecimento de insumos químicos para o tráfico de drogas.
De acordo com o Ministério Público Estadual, a empresa teria usado notas fiscais falsas para ocultar o desvio dos produtos e lavar o dinheiro obtido com as transações ilícitas.

