Ministério da Saúde prepara ação contra médicos que lucram com conteúdo antivacina na pandemia

O Ministério da Saúde vai adotar medidas contra médicos que divulgam conteúdos antivacina nas redes e lucram com cursos, consultas e tratamentos sem evidência científica. Entre as ações previstas estão representação criminal, ação civil pública, denúncia aos Conselhos de Medicina e notificação a plataformas digitais para remover conteúdos enganosos.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, esses profissionais misturam “negacionismo e ganância”. As medidas começam a ser implementadas ainda nesta segunda-feira, em parceria com a AGU.

Ações do Governo

  1. Enviar representação ao Conselho Regional de Medicina;
  2. Propor ação civil pública por violação ao direito à saúde;
  3. Entrar com ação criminal pela venda de tratamentos falsos;
  4. Acionar a AGU para exigir que plataformas retirem conteúdos enganosos e anúncios de cursos e materiais sem comprovação.

A movimentação ocorreu após reportagem mostrar médicos influentes, com mais de 1,6 milhão de seguidores, promovendo a chamada “spikeopatia” que apresentava supostos efeitos das vacinas de mRNA além de vender cursos de até R$ 685 e consultas de R$ 3,2 mil.
A teoria carece de validação científica e o estudo usado como base já foi retratado por falhas graves.

Paralelamente, o governo investe R$ 150 milhões em plataformas nacionais de pesquisa e produção de vacinas de mRNA na Fiocruz e no Butantan, além de R$ 60 milhões para atrair pesquisadores estrangeiros. A tecnologia é vista como estratégica para respostas rápidas a futuras pandemias.

Padilha destacou que a revelação ocorre durante a COP-30, que discutiu os impactos do negacionismo na saúde pública. Para ele, combater a desinformação é essencial para proteger a população.

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